sexta-feira, 16 de outubro de 2009

“A Sala Magenta” de Mário Carvalho vence Prémio Fernando Namora


Depois de ter vencido o Prémio Fernando Namora em 1996, Mário Carvalho "does it again". Segundo Vasco Graça Moura, presidente do jurí, a escolha deveu-se [à] elevada qualidade estilística e narrativa [da] obra e [à] humanidade do olhar que [o autor] lança sobre o universo da criação artística e da existência”. Público 

A Sala Magenta - Sinopse
Gustavo podia fazer um pequeno catálogo das mulheres que tinha tido, mas outro ainda maior das que o tinham rejeitado, conseguia ser uma alma compassiva e comovida, mas não era capaz de perdoar as rejeições acumuladas ao longo da vida. A ligação com Maria Alfreda percorrera toda a escala de sofrimentos e vexames, num desgaste constante, que o havia esgotado, para corresponder às suas paradas e evitar sentir-se diminuído ao lado dela. Partilharam momentos de amor, de raiva, de luta, de ironia, de crueldade, de arrebatamento e regelo naquela sala de tons magenta, num conchego alcatifado. São duas personagens que, à semelhança de todas as outras, ao longo do romance, manifestam um desaire em relação ao tempo vivido e convivem com projectos falhados.

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