terça-feira, 13 de outubro de 2009

Zits

Autores: Jerry Scott & Jim Borgman
Editora: Gradiva
Páginas: 128 por volume
Tradução: Jorge Lima


Sinopse: Zits é um olhar hilariante e revelador sobre a vida de Jeremy Duncan, um rapaz de quinze anos que tenta desesperadamente encontrar um mínimo de sentido nas coisas. Vive com o pai e a mãe, é caloiro no liceu, e divide o seu tempo entre três áreas de interesse: música, andar por aí com os amigos e espantar-se com a espantosa ignorância dos seus pais sobre quase tudo.


Opinião: Quem é que, durante a manhã ou à tarde, a caminho do emprego ou de outro sítio qualquer lê o jornal, gratuito ou pago, e nas últimas páginas solta, normalmente, um sorriso com as tiras cómicas que aí se encontram? Zits faz parte desse universo, tal como Calvin & Hobbes (do qual também sou grande entusiasta das desventuras deste rapaz e do seu tigre) ou Lagoa de Sherman, por exemplo.


Conheci estas tiras sensivelmente há um ano, e desde ai fiquei adepto. Já constam em minha casa cerca de 11 volumes desta obra cómica. Desde a obra de Bill Watterson, que «li» e reli nos meus 15-17 anos (hoje tenho 22), que me tinha deixado deste tipo de leituras. No entanto, a "borbulha" entrou e ficou.


Com indica a sinopse, Zits é história de um adolescente que vai crescendo, e com isso vão surgindo mais dúvidas e interrogações, para as quais as respostas são muitas vezes escassas. Diga-se, também, que é a típica história do adolescente americano - onde se encontram os pais que não o percebem e que tentam ser super protectores, a namorada sempre presente/ausente, o fiel amigo, etc - que encontramos nesses filmes de Domingo à tarde na televisão, mas com a qual podemos encontrar algumas semelhanças. Ao longo dos vários volumes, Zits vai evoluindo e com isso surge um sentimento no leitor: o de que está a ver um miúdo a crescer e quase quase a tornar-se num homenzinho. A conjugação dos desenhos com os diálogos fazem-nos soltar, muitas vezes, uma boa e saudável gargalhada.


Como indica a música "e recordar é viver...", um leitor com 40 anos pode ler estas tiras e recordar-se destas aventuras; pode também olhar para elas e pensar "credo, ainda bem que já não sou assim, mas até era giro.." ou, muito simplesmente, pode achar que já não tem as mínimas saudades de tais tempos.


Um dos aspectos que me agradou profundamente nesta obra foi o facto de ela me fazer recordar o Calvin. Já não aquele rapaz traquinas com o seu tigre, mas sim a sua evolução. É a passagem do «rapazito» do básico para o secundário; e peço a quem ler esta minha opinião e também tiver lido as duas tiras que me diga se não ficou com a mesma sensação.


Para terminar, devo dizer que este estilo não se enquadra a todas as pessoas, daí a classificação que lhe dou.


Classificação: Bom (7/10)

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