Vai chegar o dia em que as Bibliotecas Municipais vão deixar de existir? Podemos estar a caminhar nesse sentido - a comercialização de equipamentos com capacidade para armazenar e-books já é um [mau] prenúncio -, pelo menos é o que adverte o artigo do NY Times intitulado "Libraries and Readers Wade Into Digital Lending.
Segundo o jornal norte-americano, são mais de 5 mil as bibliotecas públicas daquele país que disponibilizam empréstimos de obras on-line (embora confesso que não faço a mínima como é que se resolve o problema da devolução; presumo que continuem a existir direitos de autor a preservar). A chegada da era digital ao espólio bibliotecário é justificada pela tentativa de alterar a percepção que se tem da Biblioteca enquanto espaço físico. Diz o director de informação e tecnologia da Biblioteca Pública de Boston [o que não quer dizer que tenha razão] que as pessoas vêem as bibliotecas como lugares poeirentos, onde os livros se amontoam, cheios de pó, nas prateleiras.
Desculpem se sou old fashion, mas, meus amigos, que perfeito disparate! Talvez os meus filhos não venham a ter o prazer que é folhear (efectivamente) um livro (que quanto mais antigo for melhor). Talvez se perca o prazer de saber se o livro é novo ou velho só pelo cheiro. No entanto, não tendo eu nascido na geração Ipod, reivindico os meus direitos de ler em papel, de comprar livros em livrarias e de fazer requisições NAS biblioteca.
1 comentário:
Eu espero que as Bibliotecas Municipais não desapareçam. Ainda por cima, em Lisboa, devido ao serviço informático estão todas ligadas, o que permite que eu em Belém, por exemplo, peça um livro que esteja na Biblioteca Central...
E sim, eu gosto das bibliotecas, silenciosas e poeirentas. Adoro ver-me rodeada de livros.
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