quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Prémios Literários

Já foram divulgados os vencedores dos prémios Goncourt e Medicis, atribuídos a Marie NDiaye e Dave Eggers, respectivamente.



O Goncourt é o mais prestigiado prémio literário francês e foi atribuído à escritora Marie N'Diaye, filha de pai senegalês e mãe francesa, pelo livro Trois Femmes Puissantes, a história de três destinos femininos divididos entre a França e a África.
NDiaye, de 42 anos, é a primeira mulher a ganhar o Goncourt desde 1998 e é a autora de cerca de 20 romances e antologias. A escritora, muito crítica da França de Nicolas Sarkozy, que classifica de "monstruosa", instalou-se em Berlim após as eleições presidenciais de 2007 com o marido, o também romanc ista Jean-Yves Cendrey. 

Publicado pela Gallimard, Trois Femmes Puissantes centra-se nas personagens de Norah, uma advogada parisie nse que vai visitar o pai a Dakar, apesar de não se dar bem com ele; de Fanta, que deixa o seu Senegal natal para ir com o marido para França, mas não consegue adaptar-se ao novo país; e de Khady, uma jovem viúva que erra sem esperança entre a Europa e a África. Ler Mais





Dave Eggers ganha Prémio Medicis para melhor romance estrangeiro com a obra O que é o quê - A Autobiografia de Valentino Achak Deng, um livro baseado na história verídica de um refugiado sudanês, que está publicado pela Casa das Letras. 

Sinopse
Esta é a história da extraordinária capacidade de um rapaz
para suportar atrocidade atrás de atrocidade
e ainda assim recusar-se a abandonar a decência, a amabilidade
e a esperança de encontrar um lar e uma vida digna

"Este livro é o relato emotivo da minha vida: desde a altura em que fui separado da minha família em Marial Bai, abarcando os treze anos que passei em campos de refugiados etíopes e quenianos, até ao meu encontro com a cultura ocidental.
Era apenas um rapaz quando a guerra civil sudanesa começou, uma guerra que matou dois milhões e meio de pessoas. Sobrevivi atravessando muitas paisagens rigorosas ao mesmo tempo que era bombardeado pelas forças aéreas sudanesas, me esquivava a minas terrestres, era perseguido por animais selvagens e assassinos humanos. Alimentava-me do que colhia e, durante dias seguidos, não comi nada. As dificuldades eram insuportáveis. Tentei tirar a minha própria vida. Muitos dos meus amigos e milhares dos meus conterrâneos não sobreviveram a estas tribulações.
Este livro nasceu do desejo por parte do autor e meu de estender a mão a outros e ajudá-los a compreender as atrocidades que os governos do Sudão cometeram antes e durante a guerra civil. Com esse objectivo contei a minha história ao autor. Ele engendrou então este romance, aproximando a voz do narrador da minha própria voz e usando os acontecimentos da minha vida como base. Uma vez que muitas das passagens são ficcionais, o resultado toma o nome de romance".
Valentino Achak Deng

1 comentário:

Cecilia Nery disse...

Lindo o seu blog. Diferente, informativo, interativo. Gostei.
Ah, e obrigada por prestigiar o meu. Venha sempre. Beijos.